14 de mar. de 2011

O SOBRENOME DA USABILIDADE

O SOBRENOME DA USABILIDADE

Quando falamos de arquitetura de informação podemos entender  um conjunto de estudos com o intuito de criar uma navegação fácil e eficiente para o usuário, dentro de critérios de organização de informações e usabilidade.

Hoje o foco é usabilidade, pois é um estudo que  encontrou seu devido lugar  na maioria das empresas web, a custas de longos retrabalhos e mudanças de escopo. É oficial a importancia  de estudos de usabilidade na Arquitetura da Informação do projeto, pois é ela que vai ajudar a encontrabilidade das informações procuradas, complementando taxonomias e outros importantes pontos.

Antigamente (digo, alguns aninhos atrás...enfim...), usabilidade era considerada um luxo. Algo complementar surgido de olhares muitas vezes sem foco baseados , quando muito, em pequenas e incompletas listas, retiradas de obras de Nielsen e que não agregavam ou percebiam muita coisa. Talvez por isto viveu um tempo no limbo das empresas de web.

Porém algo mudou no maravilhoso cenário virtual. O número de internautas cresceu e paralelo a isto, aumentaram os grupos com interesses em comum (escolar, cultural, tecnológico, etário etc). E disto surge a necessidade de sites de conteúdos focados para atender seus ávidos consumidores e consequentemente, provocando a detecção de detalhes que só podem ser observados com um estudo aprofundado sobre usabilidade.

Antes de prosseguir vamos relembrar as definições de usabilidade segundo o ISO (International Organization for Standardization)

...usabilidade é a medida pela qual um produto pode ser usado por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com efetividade, eficiência e satisfação em um contexto de uso específico (ISO 9241-11).”

Se a proposta é atingir objetivos específicos de usabilidade no projeto, o exercício de imersão no publico alvo e a investigação de hábitos é um grande ponto de partida, mas sem esquecer de considerar aspectos comportamentais, culturais, motores, contextuais, psicológicos, etc.

Esse olhar abrangente nos permite descobertas peculiares, aumentando a lista de pontos de melhora na experiência do usuário. A usabilidade começa a ganhar um sobrenome no instante que mergulhamos no mundo dos consumidores específicos do produto que estamos construindo.

Abaixo vou exemplificar de modo prático, algumas orientações a serem consideradas em 2 nichos etários. Vamos poder identificar nestas listas, pontos que requerem ajustes personalizados para facilitar o entendimento.

Usabilidade para idosos
Aspectos a se considerar:
- Decréscimo da memoria;
- Perda de velocidade no processamento das informações;
- Decréscimo na habilidade de distinguir informações relevantes e não relevantes;
- Perda de visão, audição e motricidade;
- Habilidades sensoriais e cognitivas apresentam respostas mais lentas.

Usabilidade para crianças
Aspectos a se considerar:
- Natureza explorativa;
- Cognição ainda em desenvolvimento dependendo da faixa etária;
- Algumas faixas ainda não estarão totalmente alfabetizadas.

Agregando valores
Este exercício de pensar holisticamente no usuário, vale para todos os tipos de soluções para publicos definidos: sistemas internos, mídias sociais, sites corporativos, promocionais, etc. Vale lembrar que nem todos os projetos são designados para um único publico. Existem, por exemplo, os e-commerces e seus derivados que são criados para atingir, na maioria das vezes, quantitativamente.

O importante antes de começar a arquitetura e o estudo da usabilidade, é definir linhas estratégicas para alcançar quem pretendemos atingir. Sempre alinhados com as expectativas do cliente e público final. 

No final, o mais interessante de tudo isso é que além de agregar um valor muito maior na entrega do produto, temos a chance de organizar arquivos de perfis de nichos para aplicação em vários projetos. Investigar é um exercicío bastante enriquecedor!

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