31 de ago. de 2011

O destino final para as mídias sociais

O destino final para as mídias sociais

Bom... Já é de conhecimento geral que eu sou uma apaixonada pelo movimento humano dentro da web. E por conta disto as redes sociais são grandes laboratórios que utilizo para conhecer comportamentos digitais auxiliando a criação de interações mais focadas na arquitetura de informação.

E de uns tempos para cá, observando os movimentos destas ferramentas e do Google, um termo tem acompanhado meus dias de forma muito intensa: rede social fragmentada.

Falando em termos seculares, um texto de Mauricio Valentin fala sobre a fragmentação social. Um termo que simboliza o resultado da definição das épocas.  Alguma coisa como um conjunto de fatos, que influenciaram transformações sociais, gerando conflitos em um âmbito de identidade pessoal e coletiva e seus devidos reagrupamentos.

Na linha de raciocínio de Stuart Hall, o desenho abaixo ilustra essa "ruptura" do sujeito (aquele do eu, tu, ele...) e os conflitos de identidade ocasionados pelos processos de globalização.


Resumindo a ópera, Hall, acredita que as velhas identidades, por tanto tempo estabilizando o mundo social estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo. Super pertinente se pegarmos este gancho olhando a realidade digital que estamos inseridos.

Exatamente neste cenário do "conhecimento antropológico e social da coisa toda", que me chamou a atenção alguns pontos citados por Tom Pick em um texto que fala sobre o fim (para onde vai levar) das mídias sociais. Alguns de seus apontamentos me fazem perceber que vivemos um momento de desfragmentação social na  internet.

Para explicar, começo falando sobre a liberdade de comunicação proporcionada pelas redes sociais que, ao contrário do que se acredita, estamos ainda em um momento de fascinação pelas possibilidades permitidas, sem determinados controles que definiriam certa estabilidade.

Olhando o cenário de forma rápida, parecemos estar adaptados, mas se pensarmos filosoficamente (Stuart Hallmente falando),  vivemos "conflitos de identidade" (qual midia usar? para que? para onde vamos depois do Facebook?) ocasionados pelo "processo de globalização" (acessos a diversas mídias sociais). 

Olhando por este prisma é fácil perceber que ainda estamos criando o "conjunto de fatos" para influenciar a transformação sócio virtual, e embora todos pareçam bastante confortáveis, ainda exploramos as potencialidades e aprendendo a tirar o melhor proveito destas plataformas de sociabilização virtual.

Pensando em termos de futuro podemos imaginar como ideal a integração e natividade total entre estas mídias, definindo "modus-operandus" claros como ferramentas de comunicação. E o que definirá esta adaptação será o desaparecimento ´dessa fragmentação que vivemos hoje, unificando a gestão das mídias sociais em uma plataforma bastante amigável. Lindo não?!

Tom Picks e seu amigo Richard Jones ( vale a pena ver o texto dos caras com o ponto de vista deles ), apontam alguns sinais interessantes que sobre a chegada deste momento:

1- Como sinal de maturidade das mídias sociais, elas viriam por padrão mencionado dentro da tela de contato do site como hoje aparecem endereços físicos e telefones de uma forma nativa e não como um adicional que relacione modernidade ou status. Ah vai... A gente já está caminhando para isso ;)

2- Esta mídia social seria menos fragmentada, universalizando as necessidades e funcionalidades em uma única ferramenta, diferente de nossa realidade pois temos login e senha em várias delas e agregamos a cada uma um valor resultando em diversidade de redes sociais. Exemplificando: facebook/amigos, linkedin/trabalho, foursquare/entretenimento e por ai vai. 

Dentro dessa lógica de englobar acessos, fornecer um único login (não sei porquê isto me lembra o Google...) é algo que será muito superestimado. As pessoas estão sobrecarregadas com o número de diferentes contas de que precisam ter para acessar cada uma das mídias sociais que se propõe participar. A ferramenta de gerenciamento final irá fornecer um login único para todos os indivíduos permitindo monitoramento, participação e análise dos resultados (hum....empresas...). 

Uau! Filosófico e não para por ai \o/

Neste contexto surgirá um dashboad para gerenciamento de múltiplas contas, fornecendo atualizações de status destas contas simultaneamente e  seu gerenciamento baseado em contatos e não plataformas (O Gmail permite sincronizar e gerenciar várias contas de e-mail).

Mídias sociais tem que ser multi-plataforma. Um usuário deve ter uma experiência PRODUTIVA em qualquer dispositivo de um telefone inteligente para um PC desktop com um grande HD monitor.

Hoje é realidade absoluta o crescimento do Facebook, Twitter, Linkedin e até mesmo o Google+ (ainda pequeno em termos de Brasil), nos indicando que já temos alguns caminhos apontados para o futuro. Tom Picks comenta que no momento em que cessar o surgimento de novas mídias sociais será dado início a uma preocupação em criar ferramentas que auxiliem as empresas a gerir suas comunicações através de canais sociais e a maturidade e a estabilidade das mídias sociais acontecerá.

Quando é que as mídias sociais tornam-se uma tecnologia madura? Isso é difícil dizer em ordem cronológica, pois a maioria de seus profissionais ainda vive o êxtase da descoberta. Ainda passamos pouco tempo analisando essas mídias como ferramenta, porém se prestarmos atenção, alguns movimentos já existem para estes novos caminhos e muita gente já sabe que estas mídias precisam de gestão. 

Não dá para dizer que esta "ferramenta" tem um nome, mas de forma ampla pode se chamar de mídia social de gerenciamento de sistemas (SMMS). 

Que me desculpem os "especialistas", mas é fascinante olhar e perceber que ainda vivemos um caos com ferramentas perdidas e embaralhadas que nos custam administra-las, dar significado e sentido de forma eficiente e produtiva.

Ainda que existam muitos profissionais para administra-las, pela falta de gerenciamento único e experimentação das plataformas, o direcionamento é amplo o suficiente para se prever apenas a linha do horizonte: tendências e possibilidades. E esta indefinição fica muito clara quando vejo pessoas perguntando "Saímos do Orkut e migramos para o Facebook, e depois? Para onde iremos?”

Isto é positivamente interessante pois denota que há um processo de fragmentação acontecendo que irá gerar este resultado definitvo em termos de ambientes sociais no digital. É um mergulho profundo em novas formas de se relacionar e estamos aprendendo a lidar com todas elas. É a idade contemporânea digital se formatando para permitir a adesão e experiencia de comunicação perfeita... Aí fica minha pergunta: Será?

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25 de ago. de 2011

Qual o tamanho da informação na web?

Qual o tamanho da informação na web?


Nós que trabalhamos com o digital sabemos que o momento da informação é diferente e reflete em nosso comportamento, pois ainda estamos nos adaptando e aprendendo alimentar corretamente este novo “comunicar sem palavra falada” e ao mesmo nos adaptamos a estas mudanças que afetam cultura, sociedade, entretenimento e principalmente economia.

Falamos mais via web, consumimos mais informações e as mídias sociais nos ajudaram a enxergar nossa voz de usuário evidenciando a importancia da  objetiva e alinhada com a intenção do produto ou serviço ofertado.

Hoje ao criar um e-commerce, por exemplo, além de bons produtos preciso oferecer informações diretas sobre eles (funcionalidades, modo de uso, diferenciais, etc.) e dados que complementem estas informações (dicas, sugestões, feedbacks, etc.). Tudo isso porque o consumidor precisa se sentir seguro com a experiência para comprar e voltar mais vezes e a informação textual e visual, tanto em qualidade como em disponibilização dentro das telas são fatores que contribuem para a conversão.

 Envolvendo o consumidor em uma atmosfera de confiança atinjo meu objetivo e eliminamos as possíveis margens para dúvidas e inseguranças. A empresa tem que estar lá visceralmente e esta presença deve transmitir credibilidade, eliminar dúvidas e evitar interpretações equivocadas.

Ah Iris, mas vamos fazer do site um livro de 800 paginas?

 Não leitor aflito! Não falo em quantidade, mas em qualidade.

Imagine hoje, pegando o gancho que o usuário produz informação que se espalha. Esta informação disseminada é de uma empresa que não se expressou corretamente (vendeu algo que não pode entregar, promete algo que não vai cumprir, deixou de falar algo importante ou falou tanto que nem foi lido), pode ser tão negativa que o prejuízo desta simples ação de um “carinha” qualquer não chegaria perto do valor de um investimento em organização desta informação toda.

E a coisa não para por ai. O número de pessoas conectadas cresce proporcionalmente a medida que novos aparelhos com acesso a internet são disponibilizados (smartphones, tablets, etc), aumentando a necessidade vários formatos de visualização desta informação toda. E isto muda o ambiente e tratamento. Sim senhores responsáveis por organizar estas informações! Somos obrigados a sair da nossa zona de conforto das diretivas já conhecidas da profissão e olhar além, prevendo e comportando estes novos formatos de conteúdo.

Você consegue perceber que não falamos deste volume de dados em mensuras e nem em quantidade de caracteres, mas em qualificação e racionalização dessas informações que podem resultar em retirar informações desnecessárias ou inserir complementares.

O comportamento do projeto

Relembrando o básico: quando uma pessoa entra no ambiente internet, quer encontrar, entender e gostar daquilo que esta vendo ou mesmo buscando. Nosso objetivo enquanto profissional da área é encontrar a forma mais simples para isto acontecer.

Ao contrário de alguns anos atrás, existem soluções que ajudam a trazer esta simplicidade e encontrabilidade para dentro do projeto e para isto é necessário sinergia.
A convergência de tecnologias não é mais uma “frase de impacto” para “causar” impressões positivas em quem a lê ou escuta, mas uma necessidade para absorver e fidelizar os consumidores de web. Para nós que lidamos com informação, essa troca é fundamental para a gerência e desenvolvimento de produtos eficientes.

Tá... Mas e ai?

Você falou da informação que mudou, da exigência do consumidor e disse também que se ele não gostar do site vai sair falando mal por ai e o pior...tem gente que vai acreditar.

Ah! Falou também que os caras que vão fazer o site tem que pensar numa vibe “para o infinito e além” do Buzz Lightyear (To Infinity and Beyond) e conversar com várias áreas para achar a melhor forma da empresa aparecer bem  aos olhos do cliente e comprar o produto. Sem esquecer que está todo mundo acessando o site em vários aparelhos e a informação tem que sair legal em todos eles.

Agora me diga como eu faço para falar com o consumidor e sair bem na conversa. Tem como?! Quem é esse cidadão que vai conhecer e espalhar na web?!

Olha leitor carente de atenção... O sucesso depende dos fatores que citou acima e também de entender seu publico. Abaixo alguns lembretes importantes na hora de comunicar dentro da web:

A acessibilidade virtual é uma realidade e hoje, pessoas de qualquer nível de conhecimento em internet podem acessa-la através de computadores, celulares, notebooks ou outros devices e por isto o conteúdo deve estar disposto claramente seja qual for o aparelho que irá acessá-lo.

Mídia social não é a solução dos problemas da humanidade e não adianta colocar a sua empresa em alguma delas imaginando que terá lucro, louros e reconhecimento de mercado. São acessórios importantes para compor sua estratégia, eu disse COMPOR, e para que funcionem precisam ser administradas por profissionais que entendam do assunto. Se te prometerem retornos incríveis colocando sua empresa no Facebook pare tudo e desconfie!  

Falando em redes sociais na web, consumidor produz conteúdo e este deve ser considerado e estudado, pois pode transmitir informações importantes sobre produto e sobre a organização da informação que se referiu.
Cross Media harmônica para os meios de comunicação funcionarem de forma eficiente nesta era de informação é importante que haja uma troca entre eles.

Resumindo a ópera as mudanças são significativas, porém a regência da comunicação continua intocável:
Ainda temos um emissor (o site da empresa), que envia a mensagem por um canal (internet) sem ruídos (Banda larga? Não! Sem ruídos que atrapalhem a mensagem e não seu carregamento).

O usuário (receptor) que precisa encontrar a informação entra no site, recebe e decodifica a mensagem e depois feliz por ter entendido, envia seu feedback pelo canal (compra, entende, responde ou seja qual for a ação que seu produto web queira que ele tenha) que será absorvido pela empresa.

Não é?
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12 de ago. de 2011

10 de ago. de 2011

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