20 de out. de 2010

10 heuristicas em interfaces para crianças

10 heuristicas em interfaces para crianças

Abaixo apontamentos interessante sobre heurística para desenvolvimento de ambientes virtuais para crianças, feito pela Silvia que estuda ergonomia em Portugal e mantém o blog Ergokids.

Ela fala sobre o que devemos encontrar em um site feito para crianças que facilita a cognição e melhora o fluxo da navegação. Vale a pena dar uma lida.

1. Protagonismo
- O sistema possibilita à criança ser a protagonista, a personagem principal ao longo de todo a interação com o sistema?
- O sistema foi criado de forma a que a criança/utilizador desfrute da interação como se vivesse uma experiência pessoal e ativa, onde as suas decisões e desejos sejam considerados?
- Ao longo da interação com o sistema, a criança tem a sensação de que aquele foi criado unicamente para ela?
- A criança controla o diálogo com o sistema com base nas suas escolhas e decisões? O sistema oferece à criança a liberdade de navegar através das suas escolhas?

2. Expressão da personalidade e criatividade
- O sistema promove a expressão da imaginação e da criatividade da criança?
- Em todo o sistema, existem espaço e oportunidade para que a criança exprima a sua criatividade de forma livre e aberta?
- Está claro no sistema uma preocupação em proporcionar à criança a liberdade de expressão da sua imaginação?

3. Familiaridade e elementos concretos
- O sistema utiliza metáforas do mundo real ou retiradas da fantasia de forma que promova uma familiaridade entre as crianças e o seu mundo?
- O sistema assume a incorporação de tarefas que remetem a criança para aquilo que ela já aprendeu, para as suas experiências passadas e para a forma como ela se relaciona com o mundo?
- O sistema evita o recurso à abstração?
- O sistema utiliza elementos concretos reconhecíveis pela criança?

4. Uso de signos e ícones reconhecíveis
- O sistema inclui um conjunto de simbolos que a criança consegue percepcionar e com os quais a criança consegue estabelecer relações com os significados, sejam objetos, ações ou sentimentos?
- A criança consegue decodificar todos os simbolos e ícones existentes, conseguindo assim interagir com o sistema de forma fácil e livre?

5. Irreversibilidade e simplicidade de navegação
- O sistema possui menus sempre presentes em todas as páginas?
- O sistema disponibiliza a todo o momento todas as suas opções e “caminhos”?
- A criança pode optar por outros “caminhos” a qualquer momento, sem se perder?
- A estrutura de navegação das páginas é simples e fácil de aprender?
- Existe alguma forma de orientar a criança ao longo das páginas? A criança sabe indicar se já esteve ou não numa determinada página?

6. Ambiente atrativo
- O sistema atrai visualmente a criança?
- As cores são adequadas e cativam a criança?
- Existem animações e sons apelativos que atraem a atenção da criança?
- Os elementos, apesar do seu aspecto e função apelativos, evitam a confusão e a dispersão por parte da criança?

7. Predominância de elementos visuais e sonoros
- O sistema utiliza elementos visuais, animados e sonoros para comunicar com a criança?
- Esses elementos conseguem transmitir ao utilizador todas as mensagens necessárias para que a criança aprenda a utilizar o sistema e a navegar pelo e a comunicar com o mesmo?
- Foram excluídos todas as palavras escritas, todos os textos das interfaces?

8. Redundância de mensagens
- A mensagem é transmitida de várias formas, de maneira a que a criança consegue sempre entender a mensagem mesmo que não a consiga compreender à primeira?
- Apesar de a mensagem ser transmitida de várias formas, existe um equilíbrio moderado na sua transmissão de forma a não cansar a atenção da criança?

9. Linguagem simples
- O sistema recorre a uma linguagem simples para comunicar com o utilizador?
- As palavras são breves e simples? As imagens representadas são facilmente decodificadas pelas crianças?

10. Feedback, elogios e incentivos constantes
- O sistema fornece constante feedback à criança sobredo que está a acontecendo no momento?
- O sistema comunica com a criança, reconhecendo os esforços e tentativas desta no desempenho de tarefas e na interação com o produto, criando uma espécie de empatia com o utilizador?
- A criança sente-se sozinha ou desorientada em algum momento da interação com o sistema?
- O feedback fornecido motiva a criança a continuar a utilizar o produto?
- O feedback elogia a criança ao longo do desempenho das tarefas?
- O feedback incentiva a criança a continuar depois de uma tarefa mal desempenhada?

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13 de out. de 2010

Twitter e a nova formação das redes sociais

O publico que segue as celebridades virtuais é rápido e exigente. Geralmente ele funciona de forma independente, altamente crítica e eficiente. A fama acontece através de pequenas e sintéticas frases cujos pensamentos permeiam  diversas opiniões sobre os mais variados assuntos.

 É um mundo mal onde a melhor e mais estruturada ideia ganha notoriedade imediata que pode ser duradoura, se o famoso souber ser constante em imaginação e sintese. 
A corrida ao seu lugar na arvore do passarinho começa no momento que voce finca sua bandeirinha (ou seu avatar) na telinha. Seus pensamentos podem tomar dimensões que fariam eco aos mais complexos e radicados nichos de comunicação. Neste embalo onde vale tudo - até animal em extinção com nome de locutor global - novos famosos de minutos surgiram fazendo os mais esquecidos correrem para buscar seu galho na árvore.

A regra do amado e odiado microblog é clara: Tenha muita criatividade, poder de síntese e boa escrita em 140 caracteres e receba totalmente grátis novos seguidores. Caso não consiga atingir esta meta seus números de seguidores cairão na mesma proporção que aumentaram...é uma sociedade difícil de se agradar e, ao mesmo tempo, mais facilmente conquistável...antitético não?
Nas minhas constantes “tuitadas” percebo que o comportamento dos usuários é por origem, no formato de redes de interesses mútuos mas ao mesmo tempo, pela dinâmica tão acelerada, acaba sendo mais diversificada do que se imagina para os padrões que criam e definem redes sociais.

Tudo bem, já disse que a sociedade do twitter (enquanto rede social) é, de certa forma, elitista mas facilmente conquistável e agora falei também que a rede de interesse que o twitter gera é uma rede diversificada. Vou explicar.



As diferenças que unem as teias

Acompanhem meu raciocínio: em um site de conteúdo social como Orkut, Facebook, etc, você esta lá com seu perfil graaaande e explicadinho. Por exemplo: sei que a Pessoa X é uma publicitária adoradora de Bob Esponja (exemplo baseado em fatos reais...realmente meus), pois freqüenta comunidades e deixa claro em seu perfil todas estas particularidades.

Sei também que posso encontrar pessoas que seguem a mesma trilha e os assuntos abordados destas pessoas em comum serão facilmente "tangíveis" dentro deste universo mais lento, em que posso ter uma continuidade de assunto através de um fórum que crio, listas de discussões ou mesmo postagens em murais que comportam muito mais que 140 caracteres.

No twitter a coisa segue a mesma trilha ( midia social, achar amigos, compartilhar histórias e aquele blábláblá todo que já cansamos de saber), porém a curva desvia deste formato quadrado de grupos, no momento em que a progressão de aumento de seguidores e seguidos é proporcional a diminuição de tempo de exibição do micropost.
A proporção disto, que em um primeiro momento, era de extrema sintonia com a similaridade dos assuntos buscados pelo novo usuário da ferramenta, perde o foco de informações em rede.

Eu te sigo porque postou algo sobre Bob Esponja mas nada garante que eu não leia assuntos que vão desde "Receitas para beber mais água" até "A natureza volátil do pensamento".
25 de março - SP, em época de Natal

Agora imagine que eu sigo 245 pessoas nesta frenética rapidez do Twitter, e cada uma segue e “retuita” mais 300 pessoas...me veio a imagem da Rua 25 de março (SP) em época de comercio aquecido...


Entendeu a complexidade da rede social "tuítica"? 


 As mais habilidosas aranhas ficariam confusas com esta tecelagem. O que vale aqui é a rapidez e qualidade da informação e como estamos falando de grandes demandas, eu posso ler vários assuntos, inclusive sobre "Fiuk" se eu não tomar providencias (não permitir mais aparecer na minha timeline o “retuite” alheio ou resolva fazer uma superliquidação com unfollow).


A elite que é super legal #medo

Aquele grupinho fechado com um pessoal super cool que retém a opinião não existe no Twitter. O fato de haver tantos tipos de formadores de opinião  dentro da ferramenta faz com que todos os tipos de "hits do momento" apareçam na timeline.
Pegando um gancho do parágrafo acima e lembrando que a rede de interesses, no formato coeso que blogs e outras mídias permitem, se rompe a medida que aumenta a quantidade de seguidores/seguidos e diminui o tempo de exposição dos posts. Com esta característica, dá para termos uma idéia bem clara sobre como fica dificil existir uma elite mais fechada. 
O que nos sobra para chamar de elite são vários focos que emitem um certo poder no que diz respeito a alguns nichos de assunto (algo beeeem...mas beeeeeeem parecido com uma cauda longa), e como isto é muito numeroso, torma mais fácil a chegada, do até então "simples mortal digital", ao galho da árvore.

A regra é clara

Polêmico, difícil mas não é impossível ser amado na ferramenta. Se o conteúdo for bacana te seguem e se parar de ser bacana te abandonam. É bem isso mesmo: eu me apaixono pelo seu conteúdo e sigo você e até te compartilho com os meus mas não me venha com coisas bobas como piquetear excessivamente sobre politica, religião e outra coisas polêmicas demais para serem sempre legais. Nem fique repetidas vezes falando de seus gostos e desgostos excêntricos.



Acho que a frase que mais define esta ferramenta é “otimizar o tempo de ingestão de notícias”, sejam elas quais forem. E esta dinâmica toda é muito fácil de observar no próprio tempo de vida das postagens. O armazenamento dos posts (para a visualização dentro do Twitter) tem uma duração curta, comparada a postagens de blogs onde existem arquivamento e hierarquização dos textos, justamente para dar esta fluidez de comunicação que a própria internet busca no envio e recepção das mensagens.

Se olharmos para nossa linha do tempo de comunicação rápida, fica muito claro que tudo iria converger para este tipo de formato. Deixamos de escrever cartas – aquele texto que se produzia em papeis especiais e se enviava pelo correio tradicional (hoje lembramos que existe quando fazemos compras em e-commerces) - e passamos a nos comunicar por emails. Isto deu origem a uma reestruturação meio "marginal" nas regras de escrita mas este assunto também é longo e merece um outro artigo só para ele.

Depois, ou ao mesmo tempo, passamos aos comunicadores sociais (mirc, icq, msn, skype) onde a objetividade e a transferência de palavras através de imagens(emoticons) completavam a experiência de comunicação e heis que surge, num futuro breve antes da massificação do iphone e depois do orkut, uma ferramenta nova, com poucos botões mas que permite a rapida conversa com conteúdo rico (tá...nem sempre rico...mas pelo menos com informação completa de raciocínio...tá bem, nem sempre) em apenas 140 caracteres.


Uma odisséia de adaptações #ficadica

Aproveitando a popularização dos smartphones, o Twitter achou a luva que faltava! Perfeitamente ajustados, a regra que formou foi esta: em qualquer lugar que eu estiver (e minha banda de celular permitir), simplesmente posso narrar em 140 caracteres um acontecimento e gravar vídeo, tirar fotos e enviar para todos os meus seguidores.
Estes por sua vez, ávidos por serem os primeiros (os segundos na verdade) a contar a novidade, numa louca manchete virtual, espalham rapidamente criando uma teia de informações inéditas que chegam quase instantaneamente a todos da rede e possivelmente, se a informação for muito boa mesmo, ao Trend Topic.
Quem seguia este cara viu primeiro que você  #fato

A realidade nos mostra que ainda assim, com toda esta massiva quantidade de possibilidades de comunicar, a que vai funcionar com sucesso é a que estiver clara, inteligente e consistente. Os formatos de divulgação mudam as permanece o conceito de comunicar bem.

E a convergência vai longe e fico muito curiosa para ver as novas adaptações na comunicações. Meu palpite são os leitores de e-books que são, na minha opinião, candidatos bem fortes para serem os estopins de algumas grandes modificações na comunicação via internet. Alguém tem alguma previsão?

Enquanto isto não acontece vamos seguindo e sendo seguidos, caprichando nas nossas mensagens e aumentando cada dia mais a nossa rede de amigos e veículos de notícias do microblog.
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7 de out. de 2010

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