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9 de out. de 2012
2 de out. de 2012
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Então é oficial: os Arquitetos de Informação, Designers de experiência, Analistas de usabilidade, etc, entraram também nas pequenas agencias digitais.
· Se sua empresa abriu vaga para AI, UX ou se está sendo convidado a ser o primeiro profissional com este perfil, é sinal de
que havia uma demanda reprimida e provavelmente as equipes estão envolvidas
demais em suas especialidades e se tornou fundamental alguém que esteja
exclusivamente trabalhando com a organização das informações e a experiência do
usuário dentro do produto digital;
· Embora usabilidade, arquitetura de informação e
experiencia de usuários não sejam coisas que surgiram da noite para o dia como o Nissim Ourfali, estávamos um pouco restritos a grandes
agências e grandes projetos. Hoje a experiência é fundamental – as agencias e seus clientes perceberam que quem gosta compartilha – e todos precisam ter um olhar exclusivo
para garantir este diferencial decisor.
·
Sabemos que tudo o que é novo, e entra no
processo dentro de um ambiente profissional, causa certa comoção. Isto acontece
quer seja com o café que mudou ou com as novas diretrizes e não poderia ser
diferente com um novo profissional que vem orientar a informação e definir a
melhor experiencia para a navegação;
·
Todas as vezes que entramos em um projeto,
desoneramos alguém de tarefas que poderiam estar atrapalhando a entrega final.
Quer um exemplo? Olha que beleza para o diretor de arte se nós pensarmos juntos
o modelo de experiencia ideal e suas interações. E melhor! Além de otimizar o
tempo ele ainda recebe wireframes – se o projeto pedir – com toda a organização
informativa;
·
Os projetos ficam mais fáceis de conduzir em
todas as pontas quando alguém se ocupa em definir experiencias e informação e o
resultado pode ser um produto muito mais contextualizado e com menos refações.
Chegamos nas pequenas agencias!
Então é oficial: os Arquitetos de Informação, Designers de experiência, Analistas de usabilidade, etc, entraram também nas pequenas agencias digitais.
Invadimos uma área habitada
anteriormente por designers, programadores, atendimentos, planners e uma série
de perfis consolidados no mercado. E nossa gloriosa tarefa é organizar, e
muitas vezes acompanhar com micro-consultorias, várias destas áreas sem deixar
qualquer má impressão ou desconfortos.
Tudo muito bom, porém tem um
detalhe: eles já faziam muito bem seus trabalhos sem nossa presença e muitos
deles sabem boas práticas do segmento, possuem anos de experiencia em seu
oficio enquanto muitos de nós viemos de skills diferentes e mal completamos uma década nesta labuta. Claro que devemos considerar exceções.
Multifacetas da formação
Para exemplificar comigo mesma: enquanto
publicitária e analista de sistemas por formação; estudante de usabilidade com
ênfase na infância; estudiosa (leia-se nerd) de psicologia, might beanz, filosofia,
história, culinária para dummies, sociologia e nerfs; cantora
whatever; estagiaria de dona de casa – que sirva de exemplo meu estrambótico skill – sou arquiteta de informação e desenhista de experiencias. É facilmente perceptível que construí de
forma empírica o meu conhecimento sobre AI, UX e só depois começaram as
especializações. E lá no início, por muito tempo fui considerada “aquela mala sem
alça” que caiu de paraquedas na equipe.
Sinceramente sou bem humorada
demais para me incomodar e hoje em dia, embora as equipes me respeitem como
profissional, tendo meu espaço garantido no staff, incorporei a nova
distinção ao me apresentar com toques de humor: “arquiteta e mala sem alça”,
“designer de experiência e mala sem alça” e por ai vai. As pessoas sorriem e
pronto, primeiro gelo quebrado! Sem contar que estes conhecimentos “aleatórios” no inicio geradores de certas desconfianças, hoje compõem minhas pesquisas e
estudos de forma significativa e sistemática.
Mas o caminho que inicia no
estranhamento, quando surgimos dentro das agencias, e vai até a total absorção
da nossa modalidade profissional pede paciência, pois o nosso desafio é, além de suprir as
necessidades de UX e AI do projeto, criar estabilidade social dentro da equipe
mostrando que chegamos para somar. E isto pode demorar um pouco, pois no
caminho existem vários pequenos obstáculos a se
ultrapassar.
Porque estes estranhos estão aqui?
Antes de qualquer coisa, quero
deixar claro que isto não é uma constante em nossos ambientes e muito menos
algum tipo de desabafo e sim o resultado de varias conversas com colegas de
classe que me inspiraram a escrever estas mal-traçadas linhas digitais. Tem
muita agencia que nos ama e nos quer!
Mas para aqueles que estão
iniciando em sua empresa, uma área que cuida de informação e experiencia, ou
mesmo se você resolveu mudar de ares ou está entrando em uma agencia onde será
o primeiro a levantar nossa bandeira, aqui vão algumas informações que será
legal saber:
Desmistificando o mala
Somos frenéticos. Temos que ser. Definitivamente,
a imagem do profissional sentado, recebendo jobs pela manhã e entregando no
final da tarde não nos pertence, e por conta disto, estamos o tempo todo
conversando com todas as áreas, quer seja acompanhando, desenhando ou testando.
Detemos muita informação de
projeto e integramos algumas expertises, e por conta de todas essas “andanças”
é que surgem as famosas má impressões e a consagração dos malas.
Não estou dizendo nos parágrafos acima que somos como já diria chefito,
“monstros sagrados” do digital. Não caro leitor, NÃO somos monstros sagrados e
sim adquirimos o fator “corre pela agência e fala com todos” por conta de
estarmos constantemente em todas as pontas alinhando e aparando arestas informativas
enquanto o projeto estiver em nossa bancada. Ah! E também não somos gerentes de
projeto, pois nosso foco é informação e experiencia!
"Mas Iris, no meu trampo tem um cara que se acha só porque trabalha com UX!." Caro leitor, te garanto que esta não é uma característica de formação da classe e esta pessoa não exemplifica o artigo que estas lendo.
"Mas Iris, no meu trampo tem um cara que se acha só porque trabalha com UX!." Caro leitor, te garanto que esta não é uma característica de formação da classe e esta pessoa não exemplifica o artigo que estas lendo.
De qualquer forma, vamos pensar
em coisas simples que podem mostrar de forma simpática o fator “agregador” de benefícios que vem no ato da adoção de um arquiteto ou
experienciador para a equipe:
Viu só. Ainda que seja certa forma nova, a inserção de Ais, Uxs, etc é muito importante. É o inicio de
uma nova etapa no modelo de negócios da empresa onde as premissas começam a se agregar
à boa experiencia. Todos somam e podemos ajudar a deixar isto claro para todos.
Lembrando sempre que o processo
de integração não é apenas conhecimento de área e sim a soma deste com doses de
empatia, profissionalismo, determinação e paciência E esta receita de "juntar" não está
pronta, mas pode ser um bom começo! E você? O que tem a dizer?
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